E-commerce brasileiro já ganhou 135 mil lojas desde o início da pandemia

E-commerce brasileiro já ganhou 135 mil lojas desde o início da pandemia

O e-commerce no Brasil não para de expandir e segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), desde o início da pandemia de coronavírus mais de 135 mil novas lojas foram criadas. A média mensal antes da pandemia era de 10 mil lojas por mês.

A instituição diz que os setores mais aquecidos na abertura de estabelecimentos virtuais são os de moda, alimentos e serviços. “É importante ressaltar que essas 135 mil são lojas ativas e que realmente têm produtos/serviços para oferecer. Ou seja, um número gigante de lojas realmente ativas e vendendo”, diz o presidente da ABComm, Maurício Salvador.

Em junho, a ABComm observou aumento de reclamações relacionadas à demora de entrega de infraestrutura das lojas virtuais. Para Maurício, apesar dos percalços, o setor tem reagido bem. “A corrida de abertura é muito grande e o panorama é novo para todos que colocaram sua loja online durante a pandemia, mas a resposta do setor de forma geral foi muito positiva inclusive em relação a questões logísticas”, diz o presidente.

2020 ainda tem muito pela frente

No início do ano tínhamos postado os resultados esperados para o e-commerce em 2020, era uma estimativa de 106 bilhões, veja aqui. Entretanto as perspectivas são ainda mais otimistas depois de tantas transformações no varejo tradicional.

Agora, o e-commerce deve registrar R$ 111 bilhões em 2020. Segundo estudo sobre os impactos da Covid-19 no comportamento de consumo dos brasileiros e, consequentemente, no comércio eletrônico no Brasil, realizado pela Kearney, consultoria global de gestão estratégica.

O estudo foi divulgado na última terça-feira (18) e considera um cenário base. O aumento é 49% superior ao registrado em 2019, quando o mercado faturou R$ 75 bilhões. Nos cenários conservador e otimista, as vendas totalizariam cerca de R$ 103 bilhões e R$ 120 bilhões, respectivamente.

Grandes perspectivas para o próximo quinquênio

Quando considerada a projeção para o período de 2020 a 2024, a análise indica que os novos hábitos de consumo podem trazer aproximadamente R$ 69 bilhões em vendas adicionais ao e-commerce no país, na comparação com projeções anteriores à pandemia.

Assim, o mercado deve crescer a uma taxa de 17,3% ao ano no período, chegando a aproximadamente R$ 211 bilhões em 2024, novamente considerando o cenário macroeconômico base, segundo o estudo. No cenário otimista, o crescimento médio anual é de 20,7%, com vendas ultrapassando a marca dos R$ 250 bilhões.

Um novo patamar para o comércio eletrônico

O sócio da Kearney e um dos responsáveis pelo estudo, Esteban Bowles, afirma que o comércio eletrônico, que já estava crescendo e conquistando espaço no gosto do consumidor, consolida-se e chega a um novo patamar.

No entanto, ele observa que é necessário entender que não se trata de um novo movimento, é apenas uma aceleração. “O mercado brasileiro de comércio eletrônico já vinha registrando índices de crescimento maiores que o do varejo tradicional há alguns anos”, afirma. “A pandemia veio acelerar essa tendência, particularmente para algumas categorias, como alimentos, que no passado tiveram uma adoção menor.”

Como já dito, devido a pandemia de Covid-19 e o isolamento social de boa parte da população, este crescimento ganhou um impulso. Com boa parte do comércio tradicional com as portas fechadas, muitos setores vivenciaram o crescimento de suas vendas online nos primeiros dois meses de pandemia no Brasil. E isso fica claro quando se percebe o aumento do tráfego nos principais sites nacionais de comércio eletrônico entre os meses de fevereiro e maio deste ano, de acordo com a Kearney.

A tendência acelerada durante o isolamento deve se consolidar, segundo a análise da Kearney. A consultoria ouviu consumidores em todo o Brasil. Do total de entrevistados que utilizam estes aplicativos por causa da pandemia, 52% afirmam que devem continuar a usar os serviços com a mesma frequência. Outros 36% também continuarão, só que com menos frequência.

Esse é o momento certo

Portanto, cada vez mais, o e-commerce se torna uma necessidade básica para um negócio. Como vimos, em um cenário que a pandemia impede as compras presenciais, o e-commerce ganhou força. Além de acelerar a entrada de novas lojas, o momento atual ajudou a diminuir o preconceito de uma cultura de consumo online, cultura essa que provavelmente permanecerá após o fim da pandemia. Estava inseguro sobre a presença da sua marca na internet? Não há mais justificativas, o momento para você criar sua loja virtual é agora.

 

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